domingo, 2 de junho de 2013

Vanguardas europeias - Introdução

O início do século XX se caracterizou, na Europa e no Brasil, pela tentativa de renovação de valores artísticos e culturais, num mundo marcado por violenta crise, que desencadeou não só duas grandes guerras como também profundas transformações na vida política e econômica das sociedades.
É no período compreendido entre os acontecimentos que geraram a explosão da primeira (1914-1918) e da segunda (1939-1945) guerras mundiais que vemos surgir os movimentos artísticos denominados "vanguarda". Num espaço de tempo relativamente curto sucederam-se vários "ismos", cada um deles tomando a seu cargo expressar nos temas e procedimentos, o "clima" da intensa ebulição com que interagiam.
As vanguardas, hoje, históricas foram movimentos altamente radicais que alteraram os rumos da literatura e das demais artes.  O "Futurismo" (1909), o Expressionismo (1910), o "Cubismo" (1913), o "Dadaísmo" (1916) e o "Surrealismo" (1924) foram os principais resultados desta artística e cultural contestação de um mundo em crise.
Apesar de suas grandes diferenças todos estes movimentos tiveram em comum o questionamento da herança cultural recebida. Todos estavam de acordo com o fato de que se revelavam falidos os moldes acadêmicos e conservadores de uma arte envelhecida e cristalizada. Neste sentido, os "ismos" do século XX vão intensificar até os limites extremos um processo que já estava em curso desde o século XIX, fosse nas correntes subterrâneas e revolucionárias do Romantismo, fosse nos experimentos do Simbolismo ou, até, no amálgama de estilos que caracterizou a belle époque.

Bibliografia:
D'Onofri, Salvatore. Literatura Ocidental. São Paulo: Ática, 1990.
Helena, Lúcia. Modernismo Brasileiro e Vanguarda. São Paulo: Ática, 1996.

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