Procurando por um arquivo em meu computador encontrei este texto, ele fez parte da introdução de um trabalho de um curso de 2010. Ele traz breves impressões sobre a minha vida escolar. Resolvi postar porque ele corrobora com o anterior e confirma minhas reminiscências dos elementos que imprimiram marcas ou, até, amalgamaram meu jeito de pensar e me relacionar com o mundo. (Rosângela Cardoso Marques)
Lembranças do meu ensino básico
Cabelos brancos, muito bem cortados e penteados. Gostava de se vestir com alinhados “tailleurs” que a deixavam sempre elegante. Seu sorriso era bonito e estava sempre presente na sala de aula. Era simpática e, quando necessário, muito firme com os alunos. Eis a imagem perpetuada em minha mente da Dona Letinha, a professora que me alfabetizou. Eu sempre fui uma menina muito tÃmida e quando ela me chamava na mesa dela para fazer a leitura da cartilha, eu ficava um pouco nervosa, apesar de sempre estudar durante toda a tarde do dia anterior à prova oral.
Os meus estudos da primeira até a quarta série transcorreram normalmente, com bom aproveitamento em todas as disciplinas, mas quando iniciei a quinta série, infelizmente, comecei a ter problemas com matemática. Era difÃcil compreender o raciocÃnio com números e letras! Essa dificuldade percorreu o restante dos meus estudos, até o ensino médio.
Minhas recordações mais queridas são das minhas aulas de português da quinta até a oitava série, lecionadas pela professora Terezinha. De temperamento calmo e muito respeitada pelos alunos, as suas aulas eram agradáveis, serenas, nelas descobri o mundo mágico dos livros, o prazer e a importância da leitura. Hoje, eu percebo o quanto essa querida mestra foi importante ao despertar em mim a vontade de querer conhecer a vida e apropriar o conhecimento por intermédio dos livros.
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