O programa "Melhor Gestão, Melhor Ensino" da SEE- SP incentiva a formação continuada de educadores da rede estadual de ensino, assegurando-lhes atualização e aperfeiçoamento. A construção deste blog faz parte desse programa e visa à escrita colaborativa com postagens que promovam o prazer de ler por meio de reflexões, dicas, resumos, resenhas, vídeos, arte, sugestões e informações que estabeleçam um diálogo atual e interessante da nossa língua com o mundo. Sejam bem-vindos e voltem sempre!
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Quando usar "onde" e "aonde"?
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Dicas de português - O que, O quê ou Oque?
Para vocês memorizarem e fazerem o uso adequado da grafia nas produções de escrita.
Oque - esta palavra não existe na lingua portuguesa.
O que - trata-se de um pronome interrogativo. Exemplo: O que você vai dizer para ela?
O quê - também trata-se de um pronome interrogativo, mas possui a peculiaridade de ser
usado no final da frase. Exemplo: Você foi ao teatro e assistiu o quê?
Observe: "Porquê?"parece que está inserido na mesma regra do "O quê?". Usado no final da frase tem acento, não é mesmo?. |
Mas ele está junto, em uma única palavra. Vamos estudar os usos dos porques em outro post. Aguardem! |
Saiba mais!
O texto abaixo é muito bom e elucidativo. Foi retirado do site: http://tvcultura.cmais.com.br/aloescola/linguaportuguesa/ortografia/acentuacao-usodo-que.htm
Uso do acento na palavra "quê"
Os monossílabos tônicos terminados
em "a", "e",
"o", "as", "es"
e "os" sempre têm acento. Ocorre que nem sempre
a palavra "que" funciona como monossílabo tônico.
Pelo
contrário, quase sempre aparece como monossílabo átono:
contrário, quase sempre aparece como monossílabo átono:
Eu quero que você
me diga...
Observe que na frase acima o "que" é
lido como "qui", ou seja, é átono, tem sonoridade
fraca. Portanto a palavra "que" usada como conjunção,
unindo orações, é um monossílabo átono.
Mas há casos em que a palavra leva acento circunflexo, como na letra da canção "Comida",
gravada por Marisa Monte:
Mas há casos em que a palavra leva acento circunflexo, como na letra da canção "Comida",
gravada por Marisa Monte:
Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
Comida é pasto
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?
Vemos que, nesse caso, "quê" é
tônico, possui uma sonoridade mais forte que no exemplo
anterior e é a última palavra da frase. Trata-se de um monossílabo tônico terminado em "e" e,
portanto, leva acento. Uma dica: a palavra "quê", quando é a última palavra da frase, sempre leva acento circunflexo.
A palavra "quê" também leva acento em outra situação: quando é usada como
substantivo:
anterior e é a última palavra da frase. Trata-se de um monossílabo tônico terminado em "e" e,
portanto, leva acento. Uma dica: a palavra "quê", quando é a última palavra da frase, sempre leva acento circunflexo.
A palavra "quê" também leva acento em outra situação: quando é usada como
substantivo:
Ela tem um quê de
misteriosa...
Ela tem um ar de misteriosa...
Ela tem um jeito de misteriosa...
Ela tem um ar de misteriosa...
Ela tem um jeito de misteriosa...
Sem dúvida, a palavra "quê"
usada dessa forma, como substantivo, também é um monossílabo
tônico. Portanto deve ser acentuada.
Um abraço a todos!
sábado, 28 de setembro de 2013
"Balada do amor através das idades" (C. Drummond de Andrade) - Primeira parte
Olá! Vamos continuar nossos estudos de textos poéticos?
Neste primeiro momento curta a sua leitura do poema, está logo abaixo.
Gostou? Espero que sim! : -)
É um texto muito rico e vamos "esmiuçá-lo", teremos aulas muito agradáveis e vamos aprender muito por meio deste poema de Carlos Drummond de Andrade.
Então, vamos lá? Depois da primeira leitura, releeia o poema e anote as palavras desconhecidas, as que você não entendeu o significado e também aquelas que, por inferência, compreendeu o sentido pelo contexto. Procure-as no dicionário, pode ser os virtuais. A seguir alguns sites.
É só clicar e começar a pesquisa:
http://www.dicionarioinformal.com.br/
http://www.dicio.com.br/
http://aulete.uol.com.br/
http://michaelis.uol.com.br/
Abraço e boa leitura!! Ótimos estudos!
Leitura da semana - Ensino médio
Balada do amor através das idades
Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigamos, morremos.
Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.
Depois fui pirata mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria de meu bergantim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal-da-cruz
e rasgou o peito a punhal..
Me suicidei também.
Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira.
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.
Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos.
( Carlos Drummond de Andrade)
Neste primeiro momento curta a sua leitura do poema, está logo abaixo.
Gostou? Espero que sim! : -)
Então, vamos lá? Depois da primeira leitura, releeia o poema e anote as palavras desconhecidas, as que você não entendeu o significado e também aquelas que, por inferência, compreendeu o sentido pelo contexto. Procure-as no dicionário, pode ser os virtuais. A seguir alguns sites.
É só clicar e começar a pesquisa:
http://www.dicionarioinformal.com.br/
http://www.dicio.com.br/
http://aulete.uol.com.br/
http://michaelis.uol.com.br/
Abraço e boa leitura!! Ótimos estudos!
Leitura da semana - Ensino médio
Balada do amor através das idades
Eu te gosto, você me gosta
desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigamos, morremos.
Virei soldado romano,
perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.
Depois fui pirata mouro,
flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria de meu bergantim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal-da-cruz
e rasgou o peito a punhal..
Me suicidei também.
Depois (tempos mais amenos)
fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira.
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.
Hoje sou moço moderno,
remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos.
( Carlos Drummond de Andrade)
Carlos Drummond de Andrade |
Carlos Drummond de Andrade |
domingo, 22 de setembro de 2013
Exposição "Retratos no acervo da Pinacoteca"
Olá, amigos! Já visitaram a Pinacoteca do Estado de São Paulo?
Há alguns posts, no mês de junho, citei o Museu da Língua Portuguesa como um dos espaços na cidade de São Paulo, que não pode faltar no nosso roteiro cultural, pela arquitetura, importância histórica e pelo rico acervo interativo e as exposições temporárias.
Do outro lado da rua temos o Parque da Luz, primeiro parque botânico de São Paulo, instituído em 1825. O parque fica aberto de terça a domingo, das 10hrs às 18hrs, e a entrada é franca. Nele, passeando pelas suas alamedas, você vai ter a sensacão que está bem longe da agitação do centro urbano paulistano. Vale a pena uma visita também.
Na foto acima, notamos o belo quadrilátero verde. No canto esquerdo, está loccalizada a Pinacoteca e, em frente ao parque, é possível ver a Estação da Luz e sua Torre do Relógio.
Informações sobre o parque:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/parques/regiao_centrooeste/index.php?p=5757
E ao lado do Parque da Luz está a Pinacoteca do Estado de São Paulo, um dos mais importantes museus de arte do Brasil. Além do acervo permanente, organiza várias exposições temporárias. Não perca a exposição "Retratos no acervo da Pinacoteca do Estado", que teve início no dia 3 de agosto e vai até o dia 3 de novembro de 2013.
Veja as informações sobre os horários e ingressos, retiradas do site da pinacoteca:
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Praça da Luz, 02 - Luz - Tel. 11 3324-1000
Terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até as 18h
Às quintas até as 22h. Entrada franca das 17h às 22h
Ingresso combinado (Pinacoteca e Estação Pinacoteca): R$ 6,00 e R$ 3,00
Grátis aos sábados.
Estudantes com carteirinha pagam meia entrada.
Crianças com até 10 anos e idosos maiores de 60 anos não pagam.
Todas às quintas, a Pinacoteca oferece entrada franca a partir das 17h.
Para saber mais:
Leia o texto retirado do site da Pinacoteca do Estado de São Paulo, da página sobre a exposição "Retratos no acervo da Pinacoteca":
"A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, apresenta a exposição Retratos no acervo da Pinacoteca do Estado. Composta por cerca de 30 obras, entre pinturas, escultura, gravuras e fotografia, de artistas como Lasar Segall, Cândido Portinari, Emiliano Di Cavalvanti, Yoshiya Takaoka, Anatol Wladyslaw, Ernesto De Fiori, Renina Katz, Juan Esteves, entre outros. Para a mostra, foram selecionados autorretratos e retratos de indivíduos, realizados a partir da década de 1920 até os anos 2000. Segundo Pedro Nery, curador da mostra “a seleção privilegia alguns artistas de renome, considerados pela historiografia como renovadores modernos a exemplo de Lasar Segall e Candido Portinari. Mas, também, o escopo foi ampliado para verificar a pertinência do gênero entre artistas mais contemporâneos, como Wesley Duke Lee ou Renina Katz”.
"A exposição Retratos no acervo da Pinacoteca do Estado é dedicada à reflexão sobre o gênero do retrato a partir de obras da Pinacoteca e sua relação com a exposição de longa duração, Arte no Brasil. Ainda segundo o curador, “a relação entre os retratos aqui apresentados e a exposição de longa duração sugerem algumas aproximações. Por exemplo, entre a representação da figura individualizada e o retrato inserido nas cenas de gênero; ou mesmo, entre aqueles e a figuração de retratos mais tipificados, como o “caipira” ou o “brasileiro”. Importante notar como as variações de linguagem podem então redimensionar as narrativas nas quais os retratados se inserem e também em que proposições na arte brasileira o representado será perpetuado. Ao observar a Sala 3 encontramos os retratos da realeza compostos a partir de regras e atributos que os identificam como governantes da nação. As mudanças formais dos retratos desta exposição podem sugerir que a linguagem substitui os atributos na constituição de uma imagem pública.”
Fonte:
http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca-pt/default.aspx?c=exposicoes&idexp=1195&mn=537&friendly=Exposicao-Retratos-no-acervo-da-Pinacoteca-do-Estado
Há alguns posts, no mês de junho, citei o Museu da Língua Portuguesa como um dos espaços na cidade de São Paulo, que não pode faltar no nosso roteiro cultural, pela arquitetura, importância histórica e pelo rico acervo interativo e as exposições temporárias.
Do outro lado da rua temos o Parque da Luz, primeiro parque botânico de São Paulo, instituído em 1825. O parque fica aberto de terça a domingo, das 10hrs às 18hrs, e a entrada é franca. Nele, passeando pelas suas alamedas, você vai ter a sensacão que está bem longe da agitação do centro urbano paulistano. Vale a pena uma visita também.
A torre do relógio da Estação da Luz vista de dentro do Parque da Luz. |
O lindo colorido que o parque da Luz inprime na cidade de São Paulo. |
Na foto acima, notamos o belo quadrilátero verde. No canto esquerdo, está loccalizada a Pinacoteca e, em frente ao parque, é possível ver a Estação da Luz e sua Torre do Relógio.
Informações sobre o parque:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/parques/regiao_centrooeste/index.php?p=5757
E ao lado do Parque da Luz está a Pinacoteca do Estado de São Paulo, um dos mais importantes museus de arte do Brasil. Além do acervo permanente, organiza várias exposições temporárias. Não perca a exposição "Retratos no acervo da Pinacoteca do Estado", que teve início no dia 3 de agosto e vai até o dia 3 de novembro de 2013.
Veja as informações sobre os horários e ingressos, retiradas do site da pinacoteca:
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Praça da Luz, 02 - Luz - Tel. 11 3324-1000
Terça a domingo das 10h às 17h30 com permanência até as 18h
Às quintas até as 22h. Entrada franca das 17h às 22h
Ingresso combinado (Pinacoteca e Estação Pinacoteca): R$ 6,00 e R$ 3,00
Grátis aos sábados.
Estudantes com carteirinha pagam meia entrada.
Crianças com até 10 anos e idosos maiores de 60 anos não pagam.
Todas às quintas, a Pinacoteca oferece entrada franca a partir das 17h.
Para saber mais:
Leia o texto retirado do site da Pinacoteca do Estado de São Paulo, da página sobre a exposição "Retratos no acervo da Pinacoteca":
"A Pinacoteca do Estado de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura, apresenta a exposição Retratos no acervo da Pinacoteca do Estado. Composta por cerca de 30 obras, entre pinturas, escultura, gravuras e fotografia, de artistas como Lasar Segall, Cândido Portinari, Emiliano Di Cavalvanti, Yoshiya Takaoka, Anatol Wladyslaw, Ernesto De Fiori, Renina Katz, Juan Esteves, entre outros. Para a mostra, foram selecionados autorretratos e retratos de indivíduos, realizados a partir da década de 1920 até os anos 2000. Segundo Pedro Nery, curador da mostra “a seleção privilegia alguns artistas de renome, considerados pela historiografia como renovadores modernos a exemplo de Lasar Segall e Candido Portinari. Mas, também, o escopo foi ampliado para verificar a pertinência do gênero entre artistas mais contemporâneos, como Wesley Duke Lee ou Renina Katz”.
"A exposição Retratos no acervo da Pinacoteca do Estado é dedicada à reflexão sobre o gênero do retrato a partir de obras da Pinacoteca e sua relação com a exposição de longa duração, Arte no Brasil. Ainda segundo o curador, “a relação entre os retratos aqui apresentados e a exposição de longa duração sugerem algumas aproximações. Por exemplo, entre a representação da figura individualizada e o retrato inserido nas cenas de gênero; ou mesmo, entre aqueles e a figuração de retratos mais tipificados, como o “caipira” ou o “brasileiro”. Importante notar como as variações de linguagem podem então redimensionar as narrativas nas quais os retratados se inserem e também em que proposições na arte brasileira o representado será perpetuado. Ao observar a Sala 3 encontramos os retratos da realeza compostos a partir de regras e atributos que os identificam como governantes da nação. As mudanças formais dos retratos desta exposição podem sugerir que a linguagem substitui os atributos na constituição de uma imagem pública.”
Fonte:
http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca-pt/default.aspx?c=exposicoes&idexp=1195&mn=537&friendly=Exposicao-Retratos-no-acervo-da-Pinacoteca-do-Estado
Sala da exposição "Retratos no acervo da Pinacoteca" |
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Paisagem e margem sonora - Noturno, número 20, de Chopin
Olá a todos!
Que tal criar imagens em nosso pensamento e entrelaçar esse campo visual com uma música?
Quero dividir com vocês parte de um trabalho muito prazeroso de um dos cursos da "Descubra a Orquestra" que participei na OSESP - Sala São Paulo em parceria com a SEE (Secretaria de Estado da Educação-SP) .
Nessa atividade cada participante deveria imaginar uma paisagem e pesquisar uma música que reproduzisse sonoramente sensações e sons da imagem escolhida. A reflexão desenvolvida pelo trabalho levou-me a uma introspecção enquanto buscava em minha memória: imagens, cenas, situações. As reminiscências permearam o texto descritivo da paisagem elaborada por mim. A cena idílica, escolhida com imagens de lembranças afetivas minhas, ganhou um tom romântico-melancólico com a composição Noturno, número 20, de Chopin, que percorreu simultaneamente a visão de minha memória.
Para reiterar, queridos alunos, lembram-se da sinestesia, figura de linguagem? Vocês perceberão que a música, para mim, escorreu como água... Só para ilustrar a amálgama dos sentidos.
Vamos ao texto das minhas memórias, da minha paisagem escolhida, logo a seguir o link da música. Espero que gostem!
Que tal criar imagens em nosso pensamento e entrelaçar esse campo visual com uma música?
Quero dividir com vocês parte de um trabalho muito prazeroso de um dos cursos da "Descubra a Orquestra" que participei na OSESP - Sala São Paulo em parceria com a SEE (Secretaria de Estado da Educação-SP) .
Nessa atividade cada participante deveria imaginar uma paisagem e pesquisar uma música que reproduzisse sonoramente sensações e sons da imagem escolhida. A reflexão desenvolvida pelo trabalho levou-me a uma introspecção enquanto buscava em minha memória: imagens, cenas, situações. As reminiscências permearam o texto descritivo da paisagem elaborada por mim. A cena idílica, escolhida com imagens de lembranças afetivas minhas, ganhou um tom romântico-melancólico com a composição Noturno, número 20, de Chopin, que percorreu simultaneamente a visão de minha memória.
Para reiterar, queridos alunos, lembram-se da sinestesia, figura de linguagem? Vocês perceberão que a música, para mim, escorreu como água... Só para ilustrar a amálgama dos sentidos.
Vamos ao texto das minhas memórias, da minha paisagem escolhida, logo a seguir o link da música. Espero que gostem!
Descrição da margem sonora
Mês de
julho, um vale ao norte de Portugal. A margem sonora começa em uma das nascentes
no leito de um rio intermitente no período de estiagem. A poça cheia de água possui
cerca de quarenta centímetros de profundidade, do fundo dela saem borbulhas da
areia branca que põem a água em movimento de uma forma delicada. A incidência
dos raios de sol por entre as árvores permite observar o dançar dos pequeninos
grãos de areia no líquido transparente e brilhante, o bailado da água em rumo ascendente
chega à superfície, transborda, e principia um sinuoso caminho pelas pedras e
areia madente, que desemboca em uma pequenina piscina nesse leito úmido, pois o rio apesar do seco verão possui boa mata ciliar, muito fresca e verde, devido
aos pequenos, mas vários olhos d'água que possui. Dessa pequena depressão
alagada surgem novas rotas de fuga que junto com o fortuito cantar dos pássaros
e do farfalhar ocasional das ramagens dos arbustos produzem uma sonoridade que
aguça os sentidos.
Link da
música Noturno, número 20, de Chopin:
Se preferir clique o vídeo abaixo, escute de 15 a 20 segundos do início da música, aí você começa a ler o texto e visualizar a bucólica paisagem.
A seguir, cena do maravilhoso filme "O pianista"(2002), de Roman Polanski.
Abra o link abaixo para ler a sinopse da película e ver a cena em que o personagem do músico Wladyslaw Szpilman toca a peça de Chopin. Emocione-se com a delicadeza em meio a tanta destruição e soberba.
http://mais.uol.com.br/view/gekca2z503lq/trecho-do-filme-o-pianista-noturno-de-chopin-04020D1A3868D4A14326?types=V&
Frederick Chopin descrito pelo seu amigo Franz Liszt
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Sequência didática – Ficha de leitura: Crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar (Primeira parte)
Sequência didática – Ficha de leitura: Crônica “Cobrança”, de Moacyr Scliar (Primeira parte)
1. Em uma aula, levar os alunos para a sala de
informática da escola e pedir para que pesquisem, leiam e façam anotações no
caderno dos dados biográficos e da bibliografia do autor do texto. Nesse
momento, é interessante o professor orientar a navegação da pesquisa por sites
com credibilidade, como: sites de
jornais ( Estadão, BBC, Folha de São Paulo), sites de revista ( Carta Capital,
National Geografich, Veja), instituições de ensino, instituições certificadas,
sites governamentais, etc;
2. Caso não seja possível, na escola este
trabalho, pedir aos alunos, com antecedência, para levarem o trabalho feito em
casa para a escola.
3. Fazer a leitura da crônica “Cobrança”, de
Moacyr Scliar. Entregar uma cópia da crônica para cada aluno da sala para ser
feita a leitura em voz alta por alunos voluntários. Essa leitura pode ser
alternada.
4. Promover um diálogo sobre a atitude do
marido.
5. Após a exposição das impressões dos alunos
sobre o texto, o professor faz a leitura para a classe do artigo 42 e o artigo
71 do Código de Defesa do Consumidor.
6. Nova interação acontece na sala de aula
tecendo um diálogo entre os dois textos: a crônica e a legislação consumerista.
7. Mostrar as diferenças dos dois gêneros
textuais, tanto na estrutura, como na linguagem e na função atribuída a cada
um. Para isso podemos usar retroprojetor, datashow ou papel Kraft colado na lousa
com os textos escritos com canetão.
8. Pedir para os alunos preencherem a ficha de
leitura sobre a crônica, com nome, número e série. Contendo três partes: a) Sobre o autor –
Nome, dados biográficos, outras obras.
b) Dados
do texto – Tema principal, personagens, síntese do enredo, lugar e tempo.
c)
Depois da leitura – Vocabulário novo adquirido com a leitura, transcrever
do texto o trecho que mais gostou e justificar, classificar o texto de 1 a 10.
9. Junto com os alunos elaborar um texto, que
eles escreverão no caderno, que defina as
características dos dois gêneros textuais já explicadas( etapa 7) pelo educador.
Duração da atividade: quatro aulas.
Público: sétimas e oitavas séries.
Recursos: lousa, giz, papel Kraft, canetão,
retroprojetor/datashow e fotocópias.
Avaliação: O aluno será avaliado pela pesquisa, pelas anotações das aulas no caderno, pela
elaboração da ficha de leitura que será entregue ao professor, pela interação e interesse nas aulas. O professor dará
o feedback da atividade-ficha de leitura com a correção.
Na parte 2 desta atividade, faremos o estudo do
texto legal inserido em um artigo, com uso de ficha de leitura diferente.
Para a leitura prévia e repertório dos alunos,
peço que leiam o artigo no link:
Espero que tenham gostado. Um abraço a todos!!
domingo, 16 de junho de 2013
"Pausa", de Moacyr Scliar - Sequência didática
À luz do texto “Letramento e capacidades de leitura para a cidadania”, de Roxane Rojo, foi elaborada esta sequência didática, que tem como início o enfoque na compreensão do texto, partindo dos conhecimentos prévios dos alunos por meio de uma interação social e comunicativa na sala de aula.
Após a leitura do texto, pretende-se, por meio de estratégias, desenvolver a argumentação, a criticidade e muitas capacidades mentais de leitura dos educandos. Conforme afirma Rojo (2004), “a leitura é vista como um ato de se colocar em relação um discurso (texto) com outros discursos anteriores a ele, emaranhados nele e posteriores a ele, como possibilidades infinitas de réplica, gerando novos discursos/textos.”
O texto escolhido para a sequência didática foi
“Pausa”, de Moacyr Scliar. Achei a narrativa interessante, pois consiste em um tema atual e reflexivo, interessante também para o ensino médio.
1 –
Iniciar um diálogo sobre a vida moderna nas cidades: o que as pessoas buscam no
seu cotidiano e relações interpessoais.
2 – Perguntar aos alunos sobre o que eles
entendem por “pausa”. Informar que “pausa” é o título do texto.
a)
O
que o título “Pausa” sugere?;
b)
Chama
a atenção do leitor?;
c)
Dá
para imaginar o assunto do texto?/ Sobre o que será que vai tratar?;
3 – Fazer a leitura em voz alta para os alunos
do texto “Pausa”, de Moacir Scliar.
4 – Convidar os alunos a se manifestarem sobre
as impressões e opiniões sobre o texto.
5 – Análise da narrativa a partir das seguintes
perguntas:
a)
Qual
o tema?;
b)
Qual
o gênero textual?;
c)
Quais
são os personagens? (identificar os personagens);
d)
O
narrador é observador ou personagem? (tipo de narrador);
e)
Onde
se passa a história? Quais os cenários? (espaço da narrativa);
f)
Qual
o tempo da narrativa? (marcar advérbios de tempo e lugar);
6 – Conceituar os gêneros crônica e conto.
Semelhanças e diferenças entre os gêneros.
7 – Aprecie as respostas e, se necessário, faça
complementação sobre as reflexões a seguir:
a)
O
texto fez vocês pensarem sobre os sentimentos e a postura das pessoas nas
relações humanas?
b)
Que
ideias vieram à cabeça?
c)
Qual
a sua opinião sobre Samuel/Isidoro?
d)
Porque
será que Samuel muda de nome (o porteito chama-o de “sr. Isidoro)?
e)
Ele
se fecha apenas para a muher?;
f)
Ele
também se fechou para as mulheres do hotel, ele também se fecha para o mundo?
Porque ele faz isso?
g)
Qual
a postura de Samuel perante a situação?
8 – Após o diálogo sobre os questionamentos de
interpretação do texto, entregar uma cópia do conto aos alunos para fazerem uma
leitura silenciosa.
9 – Entregar uma folha com questões, as quais
serão respondidas por escrito individualmente, com base na discussão oral
feita.
10 – Trabalho em grupo: formar grupos de 3 a 4
alunos, para elaboração de uma história em quadrinhos sobre o texto estudado.
Número de aulas: 5 a 6 aulas.
Público alvo: esta sequência pode ser aplicada
em qualquer série do fundamental II.
Avaliação: contínua em todas as aulas,
considerando a discussão oral, a produção escrita e a elaboração da história em
quadrinhos.
Bibliografia:
ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. São Paulo: SEE: CENP, 2004.
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